sexta-feira, 23 de outubro de 2009

ARTE NA PSIQUIATRIA: A REINVENÇÃO DO EU



Nome da oficina: dança dos pincéಇಸ್
Esta sessão contou com 10 participantes, entre as quais algumas que compareceram pela primeira vez. A frequência é rotativa dependendo muito do estado de cada uma no momento.

Como sempre, iniciei com a recepção das internas, me apresentei às novas participantes e iniciamos a costumeira roda de conversa, momento em que, unidas, se encorajam a verbalizar as preocupações, as fraquezas, as tristezas, as alegrias e expectativas de cada uma.
Partimos então para o relaxamento, iniciando com exercícios respiratórios, exercícios de alongamento e exercícios de self-healing. Fizemos uma dinâmica* que resultou em momentos edificantes de emoção e ternura. Em seguida, dançamos ao som de uma música alegre e partimos para a parte plástica, com a dança dos pincéis* onde utilizei a mesma música alegre. (ver resultado abaixo). No final, fecharam a sesãso com palavras verdadeiras como: gostoso, expressei o que sinto, amei, muito bom, esperança, amor e felicidade.


Análise: cada dia me convenço mais da importância do trabalho corporal antes da expressão plástica, pois assim o participante tem uma melhor noção de si mesmo, e no caso delas, que se encontram alienadas, uma maior apropriação de si próprias. A parte plástica funciona como uma extensão do eu, exteriorizando de forma mais aprofundada e sólida os conteúdos internos.


*Dinâmica utilizada: primeiro pedi que se concentrassem ao som de música relaxante e decidissem o que queriam naquele momento que as fariam mais felizes. Depois cada uma verbalizou o que desejou para si e conversamos um pouco a respeito. Paz, saúde e liberdade foram as palavras mais ditas. Em seguida, caminharam pelo espaço ao som da mesma música ainda e, quando interrompida a música, abraçavam a colega mais próxima e desejavam para ela o que queriam para si.


*Expressão plastica: A orientação era para que trabalhassem ao som de música alegre, dançando com o corpo e com os pincéis sobre o papel. Trabalharam com alegria e desejo.