DOIS EUS
Olho no espelho e me deparo
com um velho soturno e triste
que com seu dedo em riste
me ordena a gritar:
volta, menino!
ande já pra traz! Esqueça esse desatino
até onde essa loucura vai te levar?
EU, quase dono do mundo,
me assusto por um segundo
e paro de brincar.
A mão acostumada ensaia uma continência
que, interrompida com insolência, desliza no ar
me encorajo e reasumo meu lugar
estufo o peito e grito:
"não volto!
aqui estou e aqui EU vou ficar
até que essa loucura me leve
aonde eu quero chegar!"
julho / 2003
Olho no espelho e me deparo
com um velho soturno e triste
que com seu dedo em riste
me ordena a gritar:
volta, menino!
ande já pra traz! Esqueça esse desatino
até onde essa loucura vai te levar?
EU, quase dono do mundo,
me assusto por um segundo
e paro de brincar.
A mão acostumada ensaia uma continência
que, interrompida com insolência, desliza no ar
me encorajo e reasumo meu lugar
estufo o peito e grito:
"não volto!
aqui estou e aqui EU vou ficar
até que essa loucura me leve
aonde eu quero chegar!"
julho / 2003
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