domingo, 24 de maio de 2009

POESIA 1



MEUS DEMÔNIOS VOLTARAM

Já não estou mais só!

Meus demônios voltaram.

Depois de submergir eternamente na tranquilidade serena e inútil das trevas, emergi na solidão perturbadora da luz, onde tudo vejo, tudo entendo e nada compreendo.
E os demônios percorrem meu corpo como sangue quente e vivo!

Moram nas minhas mãos ágeis de unhas mal cortadas que acariciam desejos não realizados, na minha boca repleta de dentes desiguais e histórias mal contadas, nos meus pés descalços que correm desesperados em mim mesmo numa fuga infinita que se incia a cada passo.

E eles me fazem companhia, os demônios!

E me falam de coisas que eu gostaria de esquecer.
Me trazem desejos que eu desejaria não ter. Conferem significado e vida a pequenas lembranças que repousam mortas ao meu lado com cheiro de flores podres.
Me apontam caminhos que não quero mas preciso seguir e me acordam para sonhos que preferia não ter.

me restituem as armas, a audácia, o poder da criação e me presenteiam com o inconformismo.

Belos e Malditos demônios!

Obrigado por terem voltado!

CARLOS MIGUEL - 30 /06/2007 - 23:15 hs.

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